JAMIL DIAS – PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA DE BLUMENAU.
Entrevista publicada no Jornal de Santa Catarina, em 1º de janeiro de 2011.
Os créditos da matéria são para o jornalista: VINICIUS BATISTA vinicius.batista@santa.com.brO ano de 2011 promete ir além das molduras e palcos no cenário cultural da cidade. As políticas culturais serão tema de discussões e definições. É isso que aponta o novo presidente do Conselho Municipal de Cultura de Blumenau, Jamil Dias, que assumiu a partir deste ano.
Jamil, que é também técnico de cultura do Sesc da cidade, promete avançar as discussões e colocar em prática as ações necessárias para o crescimento da cultura na cidade. Para isso, pede apoio da classe ar
Quais as principais linhas de trabalho para o ano de 2011?
A implementação do Sistema Municipal de Cultura e do Plano Municipal de Cultura e o aprimoramento da lei do Fundo Municipal de Apoio à Cultura.
Como fazer as idéias saírem do papel?
Para todas as ações que pretenderemos executar, iremos trabalhar em parceria com os artistas, agentes e produtores culturais e o poder público visando o fortalecimento das ações culturais na cidade.
Qual você imagina que será a maior dificuldade? Há algum “vilão” na cultura blumenauense?
A falta da presença dos artistas nos eventos culturais e a pouca participação na discussão de propostas é uma dificuldade a ser trabalhada. Nesse sentido não há um “vilão” na cultura blumenauense e sim um grande trabalho de conscientização a ser feito.
Como fazer os artistas se unirem ainda mais em prol da cultura da cidade? E a comunidade em geral, que papel tem nessa história?
Faremos fóruns setoriais com os artistas, apresentando as propostas do conselho para 2011, ouvindo as solicitações dos artistas e firmando a importância da participação dos mesmos na construção do Plano de Cultura para Blumenau. Quanto à comunidade, vamos buscar a criação de programas e projetos que levem eventos culturais e artísticos aos bairros, sendo a Fundação Cultural de Blumenau o agente transformador, compreendendo a importância de sua participação.
Você acredita que o conselho já está consolidado na cidade?
Sim, o papel que o conselho vem desenvolvendo o credencia como representante da classe artística nos diálogos junto à Fundação e aos poderes executivo e legislativo. Os conselheiros trabalham voluntariamente em prol da cultura e abrem mão de suas ocupações profissionais para reuniões. Na última gestão, tivemos um ganho de democracia com eleição direta de novos conselheiros. Conforme sugestão do Conselho de Cultura, a presidente da Fundação Cultural promoveu a eleição do conselho do Museu de Arte de Blumenau. Essas conquistas são frutos de um trabalho contínuo de todos seus membros. Queremos fazer mais, para isso torna-se importante a participação da classe. É um trabalho longo e necessário, pois acreditamos que a representatividade tão dita para solução dos problemas será resolvida com objetivos comuns e a participação de todos.
